A princípio, qualquer pedaço de madeira razoavelmente reto era utilizado, o bambu, por ser oco, flexível e reto, logo entrou em uso, e é até utilizado em grande escala em todo o mundo.
Por volta do séc. XVIII, surgiram na Europa varas de pesca de madeira sólida feitas com uma ou mais seções. As madeiras mais usadas eram provenientes da América do Sul, lancewood e greenheart. Todavia, apesar de fortes, elas apresentam inconvenientes, como peso demasiado e tendência a empenamento.
Em 1801, Snart, em sua obra Pratical observations on angling in the river Trent (Observações práticas sobre a pesca no rio Trent), mencionou pela primeira vez a vara feita de lascas de bambu colada uma às outras (built cane).
Estas varas, depois confeccionadas com seis tiras de perfil hexagonal, estiveram em uso até 1948, quando o panorama da manufatura de varas de pesca sofreu radical mudança com a aparecimento da fibra de vidro. Impregnado de resina sintética, esse material substitui por completo as varas metálicas (aço, ligas de cobre etc.), muito usadas no período 1920- 1947, e, em grande parte, o bambu.
Imune ao calor, frio, apodrecimento, corrosão pela água salgada, umidade, esse material apresenta grande facilidade de recuperação da forma, mesmo depois de curvo durante muito tempo. Entretanto, as varas de built, cane, delicado trabalho de artesanato, de preço elevado, continuam contando com a preferência dos especialistas de pesca com mosca.
Existe uma infinita variedade de varas à venda nas lojas especializadas que vão desde a tradicional vara de bambu até as produzidas a partir de fibras e mistura de fibras como as de carbono e grafite e outros materiais, como o kevlar, por exemplo, e estão cada dia mais leves e resistentes.
Quando for adquirir uma vara deve-se ter em mente o tipo de pescaria que costuma praticar, ou seja, o tamanho do peixe, se pesca embarcado, de barranco ou praia, se necessita executar arremessos longos, os tipos de iscas utilizadas, se usa molinete, carretilha ou nenhum dos dois etc.
Se costuma pescar de barranco em pequenos rios onde os peixes maiores (acima de 700g) são raridade, pode muito bem usar varas caipiras (de bambu) ou varas telescópicas lisas tomando apenas o cuidado de dimensionar a linha um pouco acima do recomendado.
Não sendo o caso, pode-se optar por varas equipadas com molinetes ou carretilhas. Algumas pessoas desconhecem mas existe uma diferença entre as varas recomendadas para molinetes e aquelas usadas para carretilhas.
quando acontece o mercado de peixe no pontal? a que hrs?
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